Arquidiocesanas

Arquidiocese celebra Gritos dos Excluídos e Excluídas em Congonhas

Por causa a pandemia, o Grito será realizado de forma virtual. Representantes das cinco regiões da arquidiocese participarão de ato que será realizado em frente à Basilica Bom Jesus, em Congonhas, e da missa presidida pelo arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos.


Publicado em: 06/09/2021 14:12:00

Arquidiocese celebra Gritos dos Excluídos e Excluídas em Congonhas

Nesta terça-feira, 07 de setembro, dia em que o Brasil celebra sua independência, realiza-se também o Grito dos Excluídos e Excluídas. Com o tema fixo “Vida em primeiro lugar”, que acompanha o Grito desde sua primeira edição, em 2021, o 27° Grito dos Excluídos e Excluídas tem como lema: “Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!”.

Devido à pandemia, neste ano, assim como em 2020, o ato Grito dos Excluídos e Excluídas não terá a participação do público, contando com a presença somente uma representação de um pequeno grupo das cinco regiões pastorais da Arquidiocese de Mariana na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG). O ato, que acontecerá a partir das 8h30, e a Celebração Eucarística, às 10h, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, serão transmitidos pelas redes sociais da Arquidiocese.

“O desafio de fazer o Grito dos Excluídos de forma virtual é a falta que a gente sente de poder estar na rua e de nos encontrar. É muito importante a energia da rua, [pois] nos dá esperança e nos renova. O contato com os companheiros e companheiras nos fortalece e nos mostra que a luta não é de alguns, é de muitos”, afirma a representante leiga da Dimensão Sociopolítica e uma das articuladoras do Grito na Arquidiocese de Mariana, Silene Gonçalves.

Destacando que o Grito é todos os dias, para Silene, “estar junto, ocupar a rua e sentir que aquele espaço é nosso é muito importante e, sendo virtual, a gente perde essa energia”. Apesar disso, ela destaca que realizar a mobilização de modo on-line possibilita que outras pessoas, que talvez não teriam condições de estar presencialmente, sejam alcançadas e participem. “Acredito que daqui para frente a gente vai poder trabalhar um misto de virtual e presencial”, pontua.

De acordo com ela, o Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu em uma perspectiva de dizer para a população, no Dia da Independência, que o Brasil ainda não é um país independente, mas que ainda vive dominado pelo capital, pela lei do mercado, prevalecendo diversos preconceitos, a violência, que não respeita os povos indígenas, etc.

“Este país não é um país independente e nós queremos, com o Grito dos Excluídos, dar voz a todas essas pessoas e fazer com que o nosso grito em favor da vida ecoe por todo o país, principalmente, para o cidadão de bem, para que essas pessoas possam entender que uma nação precisa ser um espaço de construção de vida com respeito e dignidade para todos e que não há espaço para excluídos e excluídas. No dia 07 de setembro, nós queremos dar voz a todas essas pessoas que são ‘invisíveis’ e dizer que a nossa luta é constante por uma vida digna”, ressalta Silene.

Confira a programação:

8h – Concentração na Praça da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos;

8h30 – Ato do Grito;

10h – Celebração Eucarística presidida por Dom Airton.

Mobilizações na Arquidiocese de Mariana

Apesar do ato acontecer sempre no dia 07 de setembro, desde agosto, esta Igreja Particular está se preparando para a 27ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas. Ao longo do último mês, através da Dimensão Sociopolítica, às terças-feiras, a Arquidiocese de Mariana promoveu uma série de lives abordando os sete eixos temáticos do Grito deste ano. Além disso, vídeos e spots refletindo sobre os temas propostos também foram divulgados.

Histórico do Grito dos Excluídos e Excluídas

A proposta do Grito dos Excluídos e Excluídas surgiu em 1994, a partir do processo da 2ª Semana Social Brasileira, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”, e inspirada na Campanha da Fraternidade de 1995 que teve como lema “A fraternidade e os excluídos”.

O primeiro Grito dos Excluídos e Excluídas foi realizado em 7 de setembro de 1995 em 170 localidades do Brasil e teve como lema “A Vida em Primeiro Lugar”. A partir de 1996, o Grito foi assumido pela CNBB que o aprovou em sua Assembleia Geral, como parte do Projeto Rumo  ao  Novo  Milênio (PRNM – doc. 56 nº 129).

Fonte: www.arqmariana.com.br

Leia outras notícias