Arquidiocesanas

Assembleia da Arquidiocese discute como reavivar as comunidades

Reunindo 120 pessoas, das foranias e regiões arquidiocesanas, bem como os membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), a Assembleia foi aberta com a missa presidida pelo arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos.


Publicado em: 23/09/2023 16:24:00

Assembleia da Arquidiocese discute como reavivar as comunidades

Começou na manhã desta sexta-feira, 22 de setembro, no Instituto de Filosofia do Seminário São José, em Mariana (MG), a 30ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. Com o foco nas comunidades, a assembleia tem como tema “Reavivar as comunidades na comunhão e participação” e a iluminação bíblica “Ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2,7). 

Reunindo aproximadamente 120 pessoas, das foranias e regiões arquidiocesanas, bem como os membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), a Assembleia foi aberta com a celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos.

Dom Airton recordou que Assembleia significa Povo de Deus, mas, devido às dificuldades, é realizada com representações. “Representar não é uma constituição de que falo em nome do Povo de Deus. Deve ser algo maior, ou seja, o relacionamento nosso deve ter começo, meio e fim. Nós que estamos nessa Assembleia, vamos voltar para as nossas paróquias, com as atividades e trabalhos pastorais da nossa vida eclesial de que maneira?”, colocou para a reflexão.

Enfatizando sobre a importância em estar reunidos neste evento para pensar sobre a vida pastoral da Assembleia, o Arcebispo também provocou sobre a participação de cada um neste evento. “Quem é que vai estar aqui na Assembleia ano que vem? Nós não sabemos. Hoje nós estamos. Então, hoje, nós temos que dar a nossa contribuição boa, positiva, forte, evidente, para que os outros que virão depois de nós, possam também fazer os seus caminhos a partir daquilo que nós já começamos”, disse. 

“Nós não fazemos do zero. […] Fazemos acompanhando a caminhada da Igreja e pensando no futuro, lançando para o futuro coisas importantes”, destacou Dom Airton, ponderando que a Assembleia Arquidiocesana de Pastoral vai dar passos para o futuro, olhando para a realidade que está sendo vivida agora.

“Não vamos resolver tudo nessas poucas horas: temos hoje e amanhã. Vamos começar”, constatou Dom Airton. Por isso, segundo ele, não se pode engessar as atividades e discussões na Assembleia, mas levar essas reflexões àqueles que não puderam participar desse evento eclesial. 

Vale lembrar que, foi com essa proposta de descentralização das reflexões da Assembleia e inspirados pelo processo de escuta do Sínodo que, neste ano, desde maio, aconteceu o processo de participação da 30ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. “Que essa Assembleia na nossa Arquidiocese inspire a todos nós a sermos servidores e humildes”, desejou Dom Airton.

mauroO olhar sobre a realidade da Arquidiocese
Após a Santa Missa, iniciaram os trabalhos da Assembleia. Assessorado pelo Padre Mauro Lúcio de Carvalho, os presentes refletiram sobre o tema “Iluminação: olhar a realidade, desafios à ação da Igreja e inspirações pastorais para a nossa ação evangelizadora”. 

Padre Mauro Lúcio frisou que o próprio Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade é uma resposta para os desafios da realidade. Conforme o mediador da conversa, alguns desses desafios são econômicos, sociais (fome, racismo, doenças, guerras, saúde), os ataques à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ao Papa, aos bispos e padres, ambientais, corrupção, discursos de ódio, fake news, a instrumentalização do uso da religião, entre outros.

“Conhecer seu mundo com a realidade que o envolve é fundamental para que a mensagem de Cristo chegue aos corações humanos de modo a animá-los”, disse o sacerdote, retornando o que afirma o Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE 2022-2026).

Voltando de modo especial para a Arquidiocese de Mariana, a partir das respostas da escuta das comunidades, paróquias e regiões elencou alguns dos desafios presentes nesta Igreja Particular: conselhos constituídos apenas “pro forma”, dificuldades de caminhar com o diferente (religião, política, cultura e gênero), esforço para manter o catolicismo tradicional, e pouco se faz para ser uma Igreja em saída, acolhedora e misericordiosa, pregações e homilias com uma linguagem pouco acessível ao povo, normas muito exigentes para o Matrimônio e Batismo, entre outros.

Diante disso, Padre Mauro Lúcio provocou os presentes: “o que é conversão pastoral?”. 

Fonte: www.arqmariana.com.br

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