Paróquia São João Batista

O pároco, padre Geraldo Martins presidiu a celebração e explicou que graça significa dom, presente, benefício e quem a concede é o próprio Deus. Citando o Evangelho que apresenta o milagre realizado por Jesus nas bodas de Caná, o pároco explicou que Maria percebeu que iria faltar vinho “e, como boa mãe, se antecipou às necessidades de seus filhos e intercedeu por eles, antes mesmo que eles o pedissem”.

“Às vezes, ficamos tão ocupados com nós mesmos que nem percebemos as necessidades de quem está ao nosso lado”, refletiu o pároco. “Maria percebeu e foi ajudar, sem que os noivos lhe pedissem qualquer coisa”, continuou. O Pároco fez referência a Dom Luciano Mendes de Almeida, que, sempre a serviço do próximo, tinha como lema de vida “em que posso ajudar?”.  

Padre Geraldo também destacou a humildade de Maria que sempre soube de seu lugar de serva, de intercessora, “pois quem transforma a água em vinho é seu filho Jesus e não ela. Ela sabe que seu filho é o vinho novo, vinho da alegria e da vida”.

Depois de dar voz à comunidade, para que expressasse seus pedidos a Nossa Senhora das Graças, padre Geraldo convidou a assembleia a se unir a ele em oração, pedindo a ela três graças.

A primeira oração foi pela Igreja e por todos aqueles que se encontram afastados dela. “Peçamos a graça de sermos uma Igreja atuante, que cuida dos pobres, que denuncia as injustiças”, disse. 

Em seguida, pediu pelas famílias que sofrem com separações, doenças, drogas e desemprego. “Como esteve nas bodas de Caná, que ela permaneça sempre em nossas famílias, ajudando para que sejam lugar de amor e acolhimento. Que ela ajude a tornar nossas famílias cada vez mais parecidas com a família de Nazaré”, rezou. 

Por fim, o celebrante orou pelo Brasil que enfrenta tantos problemas de injustiça social, desmatamento, discursos de ódio e descuido com a vida dos indígenas e dos mais pobres. “Há muita coisa na sociedade que nos machuca e quem mais sofre são os pobres e os negros. Olhemos para o meio ambiente. Que Maria abra nossos olhos e nos dê a graça de enxergar os pobres e os excluídos”, completou.

Para concluir, citou Lucas 1,52-53, “derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos”. Explicou que o sonho de Maria, expresso no encontro com a prima Izabel, só pode ser tornar realidade, a partir do trabalho de todos: “Deus tira os poderosos do trono e eleva os humildes. Mas, para isso, precisamos nos organizar e agir”, concluiu.

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