Comunidades

Mulher Missionária é assunto da Roda de Conversa nas comunidades

Depois de receber os símbolos do Ano Missionário Paroquial (AMP), dias 24 e 25 de fevereiro, as comunidades da Paróquia São João Batista promoveram uma roda de conversa sobre as mulheres missionárias, a primeira atividade de vivência missionária preparada pelo Grupo de Animação Missionária (GAM).


Publicado em: 08/03/2024 22:34:00

Mulher Missionária é assunto da Roda de Conversa nas comunidades

Com o tema “Na luta e na missão, a mulher está presente com alegria, coragem e disposição!”, mulheres de todas as comunidades da paróquia São João Batista, em Viçosa (MG) se reuniram, nesta quinta-feira, 7 de março, para refletir sobre a forma como evangelizam. Programada como forma de celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Roda de Conversa teve como objetivo valorizar a presença e o trabalho feminino nas famílias e nas comunidades. “Olhar a comunidade e buscar nela exemplo de mulheres que doam suas vidas no cuidado, não só de sua família, mas da vida de forma integral, seja na igreja ou na sociedade”, explica o pároco, padre Geraldo Martins. 

“À luz das reflexões do Papa Francisco e da Campanha da Fraternidade 2024, as mulheres poderão refletir como têm semeado vida e libertação nas comunidades. Que não fiquem esquecidas as mulheres-mães que educam seus filhos/as na fé, as religiosas e as de vida consagrada e as que assumem a política em nome da fé”, completou o pároco.

Apesar da forte chuva que causou alagamentos nas ruas e estradas de acesso às comunidades, atrasando o transporte público usado por várias mulheres que retornavam do trabalho, as rodas de conversa foram marcadas por alegria e disposição.

Na comunidade São Judas Tadeu, no bairro Barrinha, Jaqueline Ferreira explicou que, nos trabalhos em grupos, foi destacada a forma como a mulher desempenha seu papel missionário. “Somos responsáveis pela vida em nossas famílias, no trabalho e na comunidade. Direcionamos nossos filhos nos estudos para serem boas pessoas na sociedade e semeamos vida com nosso exemplo de fé, na convivência com os outros e no cuidado com a família”, observou.

Sobre os resultados dos esforços e da dedicação na missão, as mulheres destacaram as alegrias colhidas na criação dos filhos, no trabalho dentro e fora de casa, na comunidade cristã, no reconhecimento e valorização pessoal. “No que fazemos, não nos falta coragem e não temos medo de ser feliz”, acrescentou Jaqueline.

Segundo a catequista, as rodas de conversa destacaram ainda a libertação celebrada pelas mulheres, lembrando o tema do AMP. “Somos independentes porque podemos fazer o que escolhemos. Não nascemos só para ter filhos e cuidar de casa, mas podemos tomar nossas próprias decisões. Celebramos a libertação quando participamos das atividades na Igreja, na comunidade, no campo de futebol e na política, votando em quem escolhemos”, relatou Jaqueline ao ler as respostas das mulheres nos trabalhos de grupos. 

A roda de conversa também debateu o texto bíblico que narra o relacionamento entre Rute e Noemi (Rute, 1-4). O grupo destacou a importância da amizade e da caridade.  “Noemi nos recorda as mulheres que deixam de casar para cuidar dos seus pais, as religiosas missionárias que deixam suas famílias para intervir em situações de fome, de violência e exclusão. Na roda de conversa, foram partilhadas muitas histórias dolorosas, quando as mulheres conseguiram vencer as dificuldades obtendo solução vitoriosa. Falaram também de muitas mulheres fortes que dedicam a vida ao cuidado do outro”, concluiu Jaqueline.

A roda de conversa também foi uma oportunidade ímpar de crescimento e aprendizagem, na Comunidade Divino Espírito Santo. Conduzidas pelas catequistas, 20 mulheres participantes de diversas pastorais e movimentos da comunidade partilharam suas vidas e experiências de evangelização. Ao final, todas receberam presentes preparados pelas catequistas, Graça e Michele. “A presença de cada uma enriqueceu a nossa roda de conversa”, disse Lílian Martins. 

Na Comunidade São Sebastião, no bairro Inácio Martins, Maria do Carmo Vieira coordenou a roda de conversa, da qual participaram 29 mulheres. “Nós seguimos o folheto que recebemos da paróquia. Teve um momento de questionamentos e as mulheres puderam falar. Foi muito bom”, disse Carminha.

O evento também foi avaliado como sendo de grande relevância, pelas mulheres da comunidade São João Batista. Mesmo com pouca participação, cada uma das presentes relatou sua história de vida e falou de suas alegrias na realização de seus filhos e em demais atividades, bem como as dificuldades enfrentadas.  Sublinharam também a importância da perseverança na criação dos filhos.

Na capela Santa Teresinha, 22 mulheres participaram da roda de conversa, que foi conduzida pela coordenadora da comunidade, Graça Nunes. As mulheres confeccionaram um tapete com objetos pessoais e de trabalho, lembrando o cotidiano da vida feminina. No centro do tapete, a imagem de Maria trazia o exemplo de filha, mãe, esposa, amiga e intercessora.  O encontro foi participativo e contou com diversas dinâmicas, músicas e reflexão. Para encerrar, houve partilha de lanches e um “Chá de fraldas”, para uma  gestante da comunidade.

Em outra comunidade, a de Santa Luzia, foram três horas de partilha de conhecimentos e experiências entre mulheres de diferentes gerações. O ponto alto da conversa foi quando lembraram as mulheres inspiradoras da comunidade eclesial, como Conceição da Pastoral da Criança, que não mede esforços para acolher crianças e seus familiares.  Também a D. Maria, coordenadora da conferência de São Vicente de Paula, e D. Efigênia Diogo que ajuda outras mulheres, ao acolher seus filhos em sua creche, um ambiente de aprendizagem, amor e carinho.  Citaram também Nair Gonzaga, irmã de comunidade, que atualmente se encontra acamada, mas sempre esteve nas celebrações religiosas.  Ao final do encontro, as mulheres sugeriram que outras rodas de conversa aconteçam na comunidade.

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