Paroquial

5ª Feira Santa: Eucaristia e Sacerdócio Ministerial

Iniciando o Tríduo Pascal, tempo de viver intensamente o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, a Paróquia São João Batista celebrou a missa da ceia do Senhor, recordando a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Ministerial. A Cerimônia do lava-pés contou com a participação de pessoas ligadas à Campanha da Fraternidade de 2025.


Publicado em: 18/04/2025 20:27:00

5ª Feira Santa: Eucaristia e Sacerdócio Ministerial

A Quinta-Feira Santa marca o início do período do ano litúrgico mais importante para os católicos, o Tríduo Pascal. Nesse dia, é celebrada a instituição da Eucaristia, onde Jesus se entrega por amor como alimento para a humanidade. A Eucaristia é sinal de aliança com o seu povo, onde ensina que aquele que se alimenta dele deve se colocar a serviço do outro com amor e humildade.

A missa celebrada às 19h foi presidida pelo pároco, padre Geraldo Martins que, durante a homilia, explicou que, enquanto os Evangelistas Mateus, Marcos e Lucas narram a última ceia e a instituição da Eucaristia, João narra o lava-pés, mostrando a sintonia entre esse gesto e a Eucaristia, sinal extremo do amor de Deus que se fez alimento por seus filhos.

Pontuou que a Eucaristia é alimento que nutre, fortalece e revigora o discípulo e recordou Santo Agostinho quando diz que o alimento sempre se transforma no corpo de quem o ingere, mas com a Eucaristia se dá o contrário: quem se alimenta dela se torna a própria Eucaristia, alimento para o próximo. 

“Sempre que comungamos o Corpo e Sangue de Cristo, somos convidados a nos transformar naquele que recebemos, ou seja, somos convidados a nos cristificar para os irmãos e irmãs. Portanto ela nos compromete a sermos Cristo para o outro”, disse.

Enfatizou também que a Eucaristia é serviço, um eterno ato de lavar os pés dos irmãos e irmãs. “Dom Luciano gostava de dizer que todos nós devemos fazer parte do sindicato dos lavadores de pés e aquele que comunga o Corpo e Sangue do Cristo deve se filiar a esse sindicato dos lavadores e das lavadoras de pés, ou seja, de quem se dispõe a servir o irmão e a irmã, a partir da necessidade dele ou dela. Assim, a nossa vocação é amar. Amor que se traduz, antes de tudo, na atenção, no cuidado e serviço ao outro”, pontuou.

Pe Geraldo lembrou a Campanha da Fraternidade deste ano que almejou fazer com que todos compreendam que o ser humano faz parte de um sistema onde tudo está interligado: “Quando cuidamos da natureza, cuidamos da vida em todas as suas manifestações. Amar é cuidar, proteger e defender a vida em todas as suas formas, especialmente onde ela está mais ameaçada”, defendeu.

“O amor que vem da Eucaristia deveria nos levar aos porões da existência humana, ao submundo das prisões, das favelas e da pobreza para iluminar, com o nosso amor e serviço, a vida de tantos e tantos que estão na escuridão do ódio, da desassistência, do abandono”, sublinhou.

O pároco explicou que, para que todos tivessem acesso à Eucaristia, Cristo instituiu o Ministério Ordenado. Por isso, todo sacerdote deve se inspirar no próprio Cristo, de forma a exercer com dignidade o Ministério, lavando os pés de todos e lhes levando o perdão de suas faltas. 

 

“O Papa Francisco diz que nós padres devemos ir ao encontro das pessoas para comunicar a elas a graça de Deus. Ele nos orienta a sermos profetas da esperança, dispensadores da misericórdia de Deus, sem fazer do confessionário uma câmara de tortura ou uma alfândega”, disse. 

Após a homilia, padre Geraldo imitou o gesto de Cristo e lavou os pés de doze pessoas que lutam em defesa da vida do meio ambiente, conforme apresentado na Campanha da Fraternidade, em projetos como reciclagem de materiais, produção agrícola sem veneno, cuidado com as nascentes etc..

Finalizando a missa, o Santíssimo Sacramento foi levado em procissão para Sua capela, onde ficou exposto para adoração até a meia-noite.

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