Paroquial

Domingo da Ressurreição: “A fé é um caminho na escuridão”

Na igreja de São João Batista, foram celebradas missas às 8 e 19h no Domingo da Ressurreição. Após a missa da manhã, a procissão com o Santíssimo Sacramento percorreu algumas ruas do Bairro Nova Era e retornou à igreja para a bênção final.


Publicado em: 22/04/2025 15:22:00

Domingo da Ressurreição: “A fé é um caminho na escuridão”

A missa matinal do Domingo da Páscoa foi celebrada um pouco mais cedo do que de costume, às 8h, e foi seguida de procissão nas proximidades da igreja, onde os fiéis testemunharam a fé no Cristo Ressuscitado.

Quem presidiu a celebração da manhã foi o pároco, padre Geraldo Martins, que durante a homilia refletiu sobre a ressurreição de Cristo, a partir dos sinais apresentados no Evangelho de São João, antes que Jesus aparecesse aos apóstolos.

O primeiro sinal explicado pelo pároco foi o fato de a ressurreição ter se dado em um domingo. “O primeiro dia da semana lembra a criação do mundo. A ressurreição é um recriar do mundo e o domingo se torna o primeiro dia da nova criação inaugurada por Cristo. Sua ressurreição renova todas as coisas, pois uma nova criação nasce com a ressurreição”, disse.

O segundo sinal destacado é a escuridão. As mulheres foram corajosamente ao túmulo quando ainda estava escuro. “A escuridão é sinal da incompreensão dos mistérios de Deus. A escuridão, a incredulidade, não passou totalmente, mas anuncia a aurora que vai chegar. Portanto, a fé é um caminho na escuridão para a aurora. Às vezes, a noite escura parece longa demais. Parece que o novo dia não vai chegar, mas quanto mais longa a noite, mais bela será a aurora”, defendeu.

Outro sinal destacado pelo sacerdote na homilia foi o fato de Maria Madalena ter encontrado a pedra do túmulo de Jesus removida: Jesus venceu a Morte e rompeu a pedra que fechava o túmulo. Nós também precisamos romper as pedras do nosso túmulo para dele sairmos com vida nova”, pontuou.

O pároco destacou que o sinal mais importante da ressurreição foi o túmulo vazio. “Jesus não está mais ali. Ele venceu a morte, mas Maria Madalena ainda não compreende e diz ‘tiraram o corpo do Senhor’. Entretanto os panos que o cobriam não estão jogados de qualquer forma; estão organizados mostrando que o corpo não poderia ter sido roubado, pois nenhum ladrão os organizaria. Posteriormente Jesus aparece aos apóstolos e confirma todos esses sinais Hoje em sua vida, na família, no trabalho, na vida eclesial, você vê sinais que Jesus venceu a morte e ressuscitou?”, indagou o pároco.

Por fim, padre Geraldo discorreu sobre a beleza de a primeira testemunha da ressurreição ter sido uma mulher. “O evangelho nos fala de Maria Madalena que nem esperou o dia nascer para sair e ir ao túmulo. Ela tinha ânsia de ver o seu amado. Precisamos aprender com sua coragem e disposição.  Nós, às vezes, temos tanta dificuldade para sair e encontrar Jesus ressuscitado”, lamentou.

“Jesus tem a palavra final sobre a morte. Ele é a nossa vida, nossa ressurreição, nossa vitória. Que cada um de vocês possa tirar a pedra que aprisiona coisas ruins em seu interior: mágoa, egoísmo, inveja, rancor, discriminação e preconceito. Feliz Páscoa a todos”, concluiu.

Encerrada a missa, a procissão com o Santíssimo Sacramento percorreu ruas nas proximidades da igreja São João Batista e retornou ao mesmo local, para a bênção dada pelo pároco.

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