Publicado em: 16/06/2025 15:30:00
No domingo, 15/06, às 18h, a procissão motorizada trouxe a imagem da capela de São Francisco até a igreja de São João Batista, para iniciar oficialmente a festa São João Batista. Em conformidade com o Jubileu da Esperança, o tema proposto para reflexão nessa noite foi: “Da fé na Santíssima Trindade, a esperança que faz comunhão”.
A missa de abertura da novena foi presidida pelo padre Ronaldo Chaves, Capelão da Universidade Federal de Viçosa (UFV) que refletiu sobre a Santíssima Trindade e sobre o grande desejo da humanidade de conhecer amplamente os mistérios de Deus.
Em sua homilia destacou que não somos capazes de compreender Deus completamente, pois essa compreensão é para ser atingida na eternidade. “Mesmo assim, compreendemos a Santíssima Trindade como unidade de amor na qual a humanidade está imersa. O amor do Pai pelo Filho e do Filho pelo Pai é o Espírito Santo, revelado a nós em Jesus Cristo. Se a Trindade é comunidade de amor, não faz sentido vivermos sozinhos”, disse.
Citando o Salmo 138, falou da importância de mantermos o encantamento por Deus, por nós mesmos e pelo outro e pela natureza: “Que maravilha, Senhor, sou eu. Que maravilha, Senhor, é o meu irmão”, pontuou. Destacou que a vida em comunidade liberta as pessoas da solidão, do egoísmo, da excomunhão.
Lamentou as milhares de mortes ocorridas em decorrência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e disse que na vida do cristão não cabe a indiferença. “A diferença é um inferno. Sem comunhão não há felicidade. Somos todos irmãos uns dos outros. Não sou melhor do que ninguém por ser católico Não sou melhor do que ninguém por ser cristão”, sublinhou.
Fazendo memória dos 10 anos da Laudato Si, uma encíclica onde o Papa Francisco defende o cuidado da casa comum, critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável, padre Ronaldo falou da importância da oração contemplativa: “A partir da comunhão trinitária, estamos também em comunhão com o universo. Tudo está interligado. A comunhão trinitária nos faz sentir a dor do outro e do meio ambiente. Mergulhem na natureza para rezar e rezem contemplando a natureza”, disse.
“Deus é solidário nas três pessoas com a humanidade inteira. E nós, vivemos a unidade, a compaixão?”, questionou. “A medida da nossa fé está na vida que vivemos, no amor que partilhamos. Lutemos por um mundo com menos cercas elétricas, menos muros, menos medo, menos remédio de tarja preta”, defendeu. “A vida eterna é treinada aqui e é consequência do que vivemos aqui. Que Deus aumente nossa sensibilidade”, concluiu.
Após a missa houve forró animado com Miguel Vitalino e muitas comidas típicas nas barraquinhas. Outras atrações incluíam barraquinhas de doces, bazar da Fraternidade São Camilo Lelis e bingo.
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