Paróquia São João Batista

Após o café da manhã e oração de abertura, foram realizadas duas palestras: “A realidade e os desafios das famílias no mundo atual”, com o casal Glauce e Thiago Costa e “Vocação e missão das famílias na Igreja e na sociedade”, com Luiz Carlos Fernandes.

Na primeira palestra, foi refletido sobre a familia como lugar da vida, do amor e de pertencimento. Na segunda, palestra foram abordadas questões do chamado feito à família para viver o serviço à Igreja e à sociedade, numa via de mão dupla, onde quem doa também recebe, num processo dinâmico e complementar de crescimento e realização. A família é o lugar da vida e, com sua acolhida e seu cuidado, cumpre sua missão na promoção da vida em plenitude, na construção de uma sociedade justa e fraterna e na preservação da natureza. 

Em seguida, foram oferecidas seis oficinas diferentes envolvendo os desafios enfrentados pelas famílias em termos de dependência química, redes sociais, saúde mental, desigualdade social, Igreja e ancestralidade.

Na oficina sobre dependência química, os participantes dialogaram com o psicólogo Gabriel Cascardo, de Rosário da Limeira (MG), sobre como identificar os sinais e sintomas dessa dependência, quais seus impactos na família e na sociedade, bem como as estratégias de prevenção, tratamento e reinserção social. Também foram apresentados à Pastoral da Sobriedade e outras ações da Igreja que apoiam as famílias que têm membros dependentes. 

Sobre as redes sociais, Glauce Dias da Costa, do Departamento de Nutrição da UFV, os participantes refletiram sobre as influências das tecnologias nas dinâmicas familiares, incluindo a comunicação e os relacionamentos. Também avaliaram os desafios que as redes sociais trazem para as famílias, como distrações e conflitos, bem como as oportunidades de conexão e apoio. Falaram sobre educação digital, de forma a fazer uso saudável e seguro das redes. 

Com Fernanda Andrade, professora do Departamento de Educação do Campo da UFV, e Vicente Casali, foi discutida a importância da saúde mental para o bem-estar familiar. Os participantes aprenderam a identificar sinais que revelam questões de saúde mental e a importância do autocuidado e acolhimento, da empatia e terapia.

Sobre a desigualdade social, com Tiago de Melo Teixeira da Costa, do Departamento de Administração da UFV, foi discutido que o Brasil é um dos países com maior desigualdade social e de renda do mundo. Os objetivos dessa oficina foram dialogar sobre a desigualdade social, suas causas e consequências, especialmente no contexto familiar. Também as estratégias de enfrentamento dos efeitos da desigualdade social e de promoção de mudanças nas comunidades.

Na oficina “Família e Igreja”, dirigida por Luiz Carlos Fernandes, assistente administrativo na UFSJR, os participantes foram motivados a conhecer os documentos da Igreja que falam da família e discutir como a Igreja pode ajudar a vivência familiar através de ensinamentos, sacramentos e atividades comunitárias. A oficina também incentivou a participação das famílias nas atividades da paróquia, de forma a fortalecer os relacionamentos.

Por fim, Mariana da Silva Souza (Mariana Nzinga), quilombola e coordenadora geral do Fórum Mineiro de Entidades Negras (FOMENE), liderou as discussões na oficina “Família e Ancestralidade”, que teve por objetivo oferecer aos participantes oportunidades para discutir o conceito de ancestralidade e sua importância para a formação das identidades familiar e cultural. Também foi destacada a importância das relações intergeracionais para a transmissão de valores e tradições que moldam a vivência das famílias.

O evento, promovido pela Pastoral Familiar e pala Pároquia São João Batista, foi muito elogiado pelos participantes pela organização, dinâmicas e conteúdos. Um dos pontos altos foi a equipe organizada para cuidar das crianças "Sementinhas de Jesus", enquanto os pais participaravam das atividades do dia. O encerramento aconteceu às 17h, depois que os grupos partilharam com a assembleia a conclusão de cada oficina.