Paroquial

Respeito e meditação diante do mistério da morte de Cristo

Na Sexta-feira Santa, dia de oração e meditação sobre o sacrifício de Jesus, que deu a vida pela humanidade, foi realizada a Ação Litúrgica de Celebração da Paixão e Morte de Cristo, na Igreja de São João Batista às 15h com leitura da Palavra, adoração da Cruz e Comunhão.


Publicado em: 20/04/2025 18:27:00

Respeito e meditação diante do mistério da morte de Cristo

Na primeira parte da Ação, Leitura da Palavra, foram feitas as leituras do dia e, em seguida, na homilia, o pároco, Padre Geraldo Martins, destacou que o silêncio orante que reveste os mistérios da Paixão de Cristo faz sentir a força do seu amor sem limites. Disse que não é um silêncio de omissão ou de desprezo, mas de respeito diante do mistério de Sua morte. Falou sobre a coragem Jesus que não se esconde dos soldados, mas se entrega livremente.

O pároco destacou que no julgamento de Jesus, os poderosos se unem para condenar um inocente. “Pilatos quer libertá-lo, mas não tem coragem de enfrentar a multidão que opta por libertar um criminoso. Hoje Jesus continua sendo condenado nos inocentes que lutam por justiça, por vida digna, pelo Reino. Como nos portamos no julgamento de Cristo nesses irmãos? Ignoramos, viramos o rosto?”, indagou.

Explicou que a cruz era um instrumento de morte para os criminosos e pontuou que muitos nos dias de hoje continuam condenando as pessoas e ainda dizem que “bandido bom é bandido morto. Jesus deve ficar envergonhado quanto alguém que se diz seu discípulo fala uma coisa dessas”, pontuou. 

“Jesus foi desfigurado porque carregou nossos pecados. Ele se fez pecado para libertar os pecadores. Com Jesus, a cruz deixa de ser instrumento de condenação e morte para ser instrumento de salvação. Por isso, em nosso batismo, fomos marcados com o Sinal da Cruz, sinal da misericórdia de Deus por nós”, sublinhou.

Padre Geraldo defendeu que Jesus não desejou o sofrimento, mas ele foi consequência do seu compromisso com o Reino, com os pobres, os marginalizados, os que lutam pelos direitos humanos. “O Jesus de ontem continua sendo crucificado hoje nos sofredores e marginalizados. Que essa celebração nos ajude a viver com Cristo sua Paixão e Morte para, com Ele, ressuscitarmos”, concluiu.

Após a homilia, foi feita a Oração Universal, quando a Igreja intercede pela salvação da humanidade. Em seguida, o pároco dirigiu-se à porta central da igreja para realizar a apresentação da cruz aos fiéis. Nessa segunda parte (Adoração da Cruz), os fiéis beijam a cruz, em um ato de reverência e adoração a Cristo, nela pregado.

Na terceira e última parte da Ação Litúrgica, é realizado o rito da comunhão com as hóstias que foram consagradas na Quinta-feira Santa. O silêncio permanece até o sábado quando Jesus é proclamado Ressuscitado dentre os mortos.

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