Pe. Geraldo Martins

Natal, mistério de luz e alegria

A encarnação é o rebaixamento de Jesus, como nos lembra São Paulo: “Ele estava na forma de Deus, mas renunciou ao direito de ser tratado como Deus.


Natal, mistério de luz e alegria

No Natal, celebramos um dos mistérios centrais de nossa fé cristã: a encarnação de Jesus, o Filho de Deus. Nesse mistério, Deus revela, em toda sua profundidade, o amor e a ternura que tem pela humanidade e por todas as criaturas. Quanto mais compreendermos esse mistério, mais luz e alegria teremos em nossa vida.

O Concílio Vaticano II nos ajuda a compreender a encarnação de Jesus afirmando que “Jesus pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-se de certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado” (GS,22). O Natal nos convida a mergulhar nessa verdade.

A encarnação é o rebaixamento de Jesus, como nos lembra São Paulo: “Ele estava na forma de Deus, mas renunciou ao direito de ser tratado como Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo e tomou a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens” (Fl 2,6s). Dessa forma, Jesus, “sendo rico, fez-se pobre por causa de nós para nos enriquecer com sua pobreza” (cf. 2Cor 8,9). Mistério de amor!

O nascimento do Filho de Deus muda tudo, diz o Papa Francisco. “O Salvador do mundo vem para se tornar participante da nossa natureza humana: já não estamos sós e abandonados. A Virgem oferece-nos o seu Filho como princípio de vida nova. A verdadeira luz vem iluminar a nossa existência” (2015).

Eis a razão de nossa alegria! Ela vem desse mistério que preenche de sentido nossa vida e faz nossos corações arde- rem de esperança, ânimo e coragem. Busquemos na gruta de Belém a inspiração que há orientar nossa vida: simplicidade e pobreza; alegria e esperança.

Assim, nosso Natal será todo dia!