Pe. Geraldo Martins

Páscoa: nossa alegria, nossa esperança!

"A Páscoa é mais que confessar e comungar. É, cristificados pela comunhão que fazemos, assumir a bandeira da luta por dias melhores para todos e todas, especialmente, os que vivem na invisibilidade, na vulnerabilidade, na exclusão. É deixar-se reanimar pelo desejo de servir com alegria e participar ativamente da vida da comunidade".


Páscoa: nossa alegria, nossa esperança!

Uma das marcas do tempo pascal é a alegria que brota da vitória de Cristo sobre a morte e todo mal. Esta vitória é garantia de que também nós venceremos, em Cristo, tudo aquilo que nos aflige, amedronta e machuca, como a injustiça, a violência, o sofrimento, o pecado, a morte.

Vivemos, ainda, tempos difíceis com guerras em várias partes do mundo, com desigualdades que geram pobreza, miséria e violência, com fome que vitimiza milhões de irmãos e irmãs, com o desânimo que tem levado muitos a se afastarem da comunidade. Quem enfrenta essas e tantas outras realidades, que contrariam o Evangelho, iluminado pela luz da ressurreição de Cristo, não desanima jamais. Afinal, quem crê na Ressurreição, nunca perde a esperança e a alegria.

A Páscoa é mais que confessar e comungar. É, cristificados pela comunhão que fazemos, assumir a bandeira da luta por dias melhores para todos e todas, especialmente, os que vivem na invisibilidade, na vulnerabilidade, na exclusão. É deixar-se reanimar pelo desejo de servir com alegria e participar ativamente da vida da comunidade. É deixar-se conduzir pela esperança que nunca decepciona.

Lembra o Papa Francisco: “a nossa esperança chama-se Jesus. Ele entrou no túmulo do nosso pecado, chegou ao ponto mais distante onde andávamos perdidos, percorreu os passos emaranhados dos nossos medos, carregou o peso das nossas opressões e, dos abismos mais escuros da nossa morte, despertou-nos para a vida transformando o nosso luto em dança. Façamos Páscoa com Cristo! Ele está vivo e ainda hoje passa, transforma e liberta. Com Ele, o mal já não tem poder, o fracasso não pode impedir-nos de recomeçar, a morte torna-se passagem para o início de uma nova vida. Porque com Jesus, o Ressuscitado, nenhuma noite é infinita; e mesmo na escuridão mais densa, nesta escuridão brilha a estrela da manhã” (16.04.22).