Publicado em: 02/07/2025 13:25:00
Com a participação de cerca de 150 pessoas, entre delegados das cinco regiões Pastorais da Arquidiocese, padres e equipes e com a calorosa acolhida do pároco local, Padre José Afonso, com a assessoria do Mestre em Educação, Gilson Oliveira, e a coordenação do Assessor Arquidiocesano das CEBs, Padre Paulo Barbosa (Padre Paulinho), o encontro transcorreu conforme foi programado, alcançando o seu objetivo de evangelização e de conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente em que se vive e a realidade vivida pelos leigos em suas comunidades.
Durante os três dias de encontro, recordou-se a história das CEB’s, a memória de seus mártires, dos Encontros Regionais, dos Diocesanos, dos Estaduais, da Micro Centro II e dos Intereclesiais.
A Coordenadora Arquidiocesana das CEBs, Luzia Neiva, explica que o encontro foi construído por uma equipe com representantes das cinco regiões pastorais. “Nós reunimos aqui, em Ponte Nova, no Centro de Pastoral, com todas as coordenações regionais, juntamente com o pessoal daqui para construí-lo. A partir daí nós pensamos o tema, a infraestrutura, a participação, a carta-convite e a animação. É um momento de interligar tudo com o tema ecologia integral, pois somos peregrinos da esperança e essa esperança não nos decepciona”, explica.
As inúmeras atividades como orações, caminhadas, trabalhos em grupos mesclados e por região fizeram com que os participantes mergulhassem na interação uns com os outros, elevando o nível do debate sobre o tema proposto. Aliás, o delicioso café, o almoço, o jantar, a convivência fraterna, os reencontros com antigos companheiros de caminhada e as novas amizades também ajudaram na convivência e na união entre os participantes.
Padre Paulinho reforça que o encontro “ajuda a trazer um novo fervor na vida das comunidades em dois aspectos: o primeiro é a formação sobre a vida das comunidades sobre o ponto de vida bíblico, sociológico e pastoral, e na segunda parte, refletimos como as CEBs, frente à ecologia integral, os desafios enfrentados sobretudo no campo e na cidade, as mineradoras, os impactos socioambientais, toda essa crise ecológica, conforme falava o Papa Francisco”, reforça.
Para ele, os frutos desse encontro virão com a organização das comunidades e a participação ativa das CEBs nos momentos importantes da Arquidiocese, como, o Grito dos Excluídos, dia 07 de setembro, em Congonhas (MG); o Forum Social pela Vida, entre os dias 18 e 21 de setembro, em Viçosa (MG); Romaria das Águas, dia 09 de novembro, em Mariana, e tantos outros.
Também teve a participação de vários padres e leigos, comprometidos com a luta das CEBs, que vivem as expectativas dos Encontros Regionais e da Micro Centro II, que serão realizados em Virginópolis (MG), entre os dias 25 e 27 de julho 2025.
A belíssima participação de todos no último dia da novena ao padroeiro da paróquia São Pedro, com as três paróquias da cidade unidas, enriqueceu o encontro, terminando com jantar de confraternização.
O momento de oração e reflexão às margens do Rio Piranga, com a participação da Pastoral Afro-Brasileira (PAB), foi um instante emocionante de conscientização da preservação do meio ambiente e a importância de que tudo está interligado.
O Vigário Episcopal da Região Pastoral Mariana Leste, Padre Geraldo Trindade, ressalta que “as CEBs servem, exatamente, para fazer com que, por meio da união, da simplicidade e da congregação do nosso povo, possa viver a palavra de Deus na simplicidade, mas sobretudo na efervescência daquilo que é a graça de Deus na vida do povo”, ressaltou.
Segundo ele, “o jeito de ser igreja é variado e o jeito das CEBs é mais popular, mais simples, mas sobretudo engajado nas realidades que cercam o povo de Deus, enxergando nessas realidades a presença do senhor. Então, esse encontro de CEBs, em nível de Arquidiocese, serve para reforçar e reanimar ainda mais esse modo de ser Igreja, reforçando o povo de Deus como protagonista evangelizador e como sinal da presença de Deus junto às nossas comunidades”, destacou o Vigário Episcopal.
Ao encerrar o encontro, como gesto concreto, houve a distribuição de sementes de árvores para todos os participantes, a doação de mudas de árvores para a paróquia São Sebastião e a aprovação do “Bilhete das CEBs”, documento elaborado nesse encontro, com o objetivo de mostrar, com clareza, o que é a CEBs e a forma de ela existir.
Bilhete das CEBs
(um toque de Deus no coração da Igreja)
A imagem de ovelha não nos convém
Ela anda de cabeça baixa enfileirada no pasto e (quando se faz manada) chega o tosquiador travestido de pastor e lhe rouba toda lã.
Ela berra de sofrimento:
passa sede sem ter água e fome sem alimento e fica presa no curral da opressão.
CEB é Amor-doação
E nas águas profundas do sentido do Batismo fez-se Memória e Profecia.
Com o vai e vem do trem dos vagões da cantoria em cada intereclesial
E dos solavancos da vida.
Percebemos que a saída é ser Pessoa consciente e juntar sempre mais gente para testemunhar a fé.
O retrato da CEB é a ‘sua’ Comunidade que tem (ao menos) um grupo de reflexão, celebra (semanalmente) a Palavra ou a Eucaristia, realiza o plenário mensal, partilha e promove a vida.
Dom Luciano dizia que Comunidade é mistério.
O Espírito Santo a conduz com aquele sopro divino
E empresta à mais pequenina das mulheres uma tal sabedoria
Na evangélica opção pelo empobrecido
Na defesa da Casa Comum pela Ecologia Integral
Na sinodalidade
Na Igreja Ministerial
Na fé que vai nos pés de quem parte em missão
Em fermento
Na construção do mundo novo
Sinal visível do Reino de Deus.
Texto e fotos: Fátima Veiga – Adaptado.
Fonte: arqmariana
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